Estamos
em mais um fim de mês e como sabemos, hoje é dia de conhecermos autores
nacionais. E hoje trago pra vocês uma querida que conheci no wattpad.
Nany
conseguiu me prender a sua história em um gênero que não sou fã, o hot. Que pra
mim ela conseguiu escrever sem ser vulgar como já vi de autoras renomadas.
Mais
chega de papo e vamos ao que interessa.
Olá! A honra
é minha em poder compartilhar com vocês um pouco mais sobre mim.
1) Fale
sobre você, se apresente para quem ainda não te conhece.
Bom, meu
nome é Elaine, tendo assumido Nany como apelido, e farei 36 anos em novembro.
Nascida e criada na cidade de São Paulo, atualmente, eu resido na cidade de
Carapicuíba. Sou casada e mãe de cinco filhos, dos quais dois são de coração e
criação. No momento, estou cursando o quarto semestre de Licenciatura em Letras
– Português e Inglês.
2) De
onde surgiu a motivação para ser escritora e se alguém a influenciou?
Escrever, na verdade, me veio como
um desafio. Sempre fui uma leitora ávida e assídua e, tendo um amigo que
compartilha do mesmo vício (rsrs), certo dia, em tom de brincadeira, ele me
desafiou a escrever alegando que, certamente, depois de tanta leitura, eu seria
capaz de criar. Por fim, desafiada e incentivada por uma de minhas irmãs, a
tentativa tornou-se a história de Victória e Isaac, surgiu Decifra-me. O fato é
que me surpreendi, pois, durante o desenrolar dessa história, também surgiu ideias
para continuidades, porém, focando outras personagens que acabaram
conquistando, não só aos leitores, mas a mim; entre eles, o livro 2, Enquanto
Decifra-me, contará a história de Binho e Júlia.
3) De
onde vem os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
Meus personagens nascem por si e em diversas
situações, desde um sonho até num devaneio momentâneo. Porém, todos têm algo
particular em suas condutas ou do próprio caráter, até alguns fatos de suas
histórias, inspirados em pessoas comuns ou em situações que vivenciei, como
protagonista ou mera observadora.
4) Tem
planos de tentar outros gêneros literários ou escrever algo diferente?
Sim. Embora eu tenha uma
facilidade maior de escrita com romance erótico, mas que traga em seu contexto
uma história com conflitos próximos aos reais, sou imensamente fã de diversos
gêneros literários.
5) Qual
o vosso livro e autor favorito? Guia-se por eles na escrita dos seus livros?
Meu livro favorito, atualmente, é
ELA, de Lic Nunes, pela particularidade com que a história me tocou. Sou fã de
diversos autores, o que dificulta favoritar, mas destaco Marion Zimmer Bradley,
Edgar Allan Poe, entre outros. Eu não me guio por eles, até porque são gêneros
extremamente distintos, mas acredito que todos que tive a oportunidade em ler
deixaram marcas de suas narrativas, mesmo que pequenas, que me auxiliam quanto
a certas percepções.
6)
Acredita que as pessoas desejam viver histórias de amor como
as dos seus romances?
Acredito que sim, e é justamente
por isso que procuro ambientar a história em um contexto com dramas e
conflitos, muito próximos da realidade vivenciada por muitas pessoas, o que faz
com que os leitores se identifiquem, em determinados momentos, mesmo que em
pequenos detalhes.
7)
Bloqueio de escrita, como você contorna?
Neste momento, na verdade, tenho
sofrido com bloqueio de tempo (rsrs). Mas, durante o processo de escrita, quando
acontece, leio e releio parte do que já foi desenvolvido, procuro focar atenção
em outras coisas, ouço músicas, assisto a um filme/série... e, enfim, quando
menos se espera, a inspiração está de volta.
8)
Você ainda exerce sua profissão de formação? Como consegue conciliar?
Não. Após um problema sério de
saúde que deixou algumas sequelas, mesmo que invisíveis, tive que me afastar do
meu ramo profissional. Desde então, precisei reformular alguns projetos e
sonhos de vida, o que não foi nada fácil, e, assim, buscando por uma nova
formação e diante da minha segunda paixão, optei pelo mundo das Letras.
9) Como sua
família lida com sua mente criativa?
Lidam muito bem, são influenciadores, cada um
a seu modo. Mas, o simples fato da aceitação do que escrevo, o não
questionamento sobre o gênero a qual me identifico na escrita, já encaro como
algo muito positivo.
10) Quais autores são referência para o seu
trabalho?
No início, tomei por base alguns autores/as de
literatura erótica que estavam em alta naquele momento. Como leitora, absorvi e
filtrei os pontos positivos e também negativos – refiro-me ao que senti falta
nas histórias. Partindo disso, busquei formular, e identificar, minha própria
maneira de escrever. Hoje, me referencio mais em alguns teóricos como, Massaud
Moisés, Antônio Cândido, entre outros, com os quais tenho aprendido muito ao
que trata da própria literatura.
Nany, para terminar, o que você falaria a quem diz
não gostar de literatura nacional?
Em toda a literatura, seja nacional ou não, há
uma infinidade de gêneros, histórias e autores fantásticos, dignos de público. E,
acredito que nossa literatura não perde em nada para a internacional, com
exceção do público que a rejeita, muitas vezes, sem se dar a oportunidade de
conhecer. Estamos no século XXI, está mais do que em tempo de acabar com esse
estereótipo de inferioridade, pois nos basta voltar o olhar para o fluxo da
história para encontrar grandes nomes, conhecidos e reconhecidos mundialmente
com a natureza “brasileira”.
Isaac e Victória são pessoas de personalidades marcantes e com muita
coisa em comum. Ambos buscam crescimento e estabilidade profissional e
financeira, deixando de lado os envolvimentos sentimentais. Porém, seus
caminhos se cruzam por um acaso, fazendo com que caiam em suas próprias teias
de prazer, trazendo à tona lembranças do passado, conflitos inacabados e
sentimentos, para ambos, indecifráveis.
O que esperar de um encontro como esse?
Eles vão mudar suas perspectivas de vida, ou se manterão firmes em seus
objetivos?