Autor: Maria José Dupré
Editora: Ática
ISBN: 8508001002
Ano: 1987
Saiba mais: Skoob
Páginas: 192
Oi gente,
O que dizer
da leitura demorei a leitura não por ser ruim, mas por não querer que a
historia terminasse e que historia.
Éramos seis
foi uma novela que assisti quando criança (sou dessas que ama novela de época)
e apesar de diferente (assim como nos filmes) tem vários pontos que são tirados
do livro e ao ler você é levado dos personagens do livro aos atores que
interpretaram a novela.
A
história de Dona Lola e sua família, uma bondosa e batalhadora mulher que faz
de tudo pela felicidade do marido, Júlio, e dos quatro filhos: Carlos, Alfredo,
Julinho e Maria Isabel. A vida de Dona Lola é narrada desde a infância das
crianças, quando Júlio trabalha para pagar as prestações da casa onde moram,
passando pela chegada dos filhos à fase adulta e de Dona Lola à velhice.
Conforme os anos passam, vão se modificando as coisas na vida de Dona Lola: a
morte de Júlio; o sumiço de Alfredo pelo mundo; a união de Isabel com Felício,
um homem separado; a ascensão de Julinho, que se casa com uma moça de família
rica. O título do livro vem da situação de Dona Lola ao fim da vida, sozinha
num asilo: eram seis agora só resta ela. Também são expostas no livro outras
personagens, como os familiares de Lola: na cidade de Itapetininga, interior
paulista, moram a mãe, Dona Maria; a tia Candoca; as irmãs Clotilde, solteira,
e Olga, casada com Zeca, seu cunhado; na cidade, vive a rica tia Emília, irmã
de seu pai; e a filha dela, Justina.
Quem narra a historia é a
matriarca, Eleonora ou apenas dona Lola, uma mulher guerreira, boa mãe, esposa,
humilde e sempre solicita.
Junto com o marido Julio, compram
uma casa maior para comportar toda a família, composta de 6 (seis)pessoas
incluindo ele. Mãe de 4 filhos, Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel, dona Lola
sempre presente, amorosa, mãe tipo propaganda de margarina.
Natural de Itapetininga e de
família muito humilde, ela se orgulhava da casa que sabia que após pagarem
todas as prestações a casa seria deles. Para auxiliar nas contas da casa e na
prestação, Lola tricotava roupinhas na maioria para crianças, enquanto Julio
era vendedor.
Orgulhosa de seus filhos, Lola
fazia o impossível para que a vida difícil não afetasse os sonhos de cada um.
Conhecia a personalidade de todos.
Carlos o mais velho era quieto,
ficava feliz com um livro na mão e sonhava em ser médico. Alfredo era rebelde,
não gostava de estudar e vivia na rua jogando bola com moleques e desejava ser
mecânico de automóveis. Julinho mostrava tino para negócios desde cedo, pois
tudo que ele achava que pudesse ser vendido ele vendia, arteiro mas sempre
obediente, queria estudar engenharia e por fim Isabel a única menina e xodó do
pai, que a mimava e isso daria grande desgosto a Lola, sonhava em ser
professora.
A historia conta anos da família
de forma linear da infância a fase adulta de todos os filhos. Lembrava dos
fatos com riqueza de detalhes e de cada ano por um grande acontecimento. A
forma com que ela conta, faz com que sintamos tudo o que ela descreve suas
alegrias, tristezas, perdas, absolutamente tudo.
Dona Lola é uma mulher invejável,
que mesmo com a vida sofrida e cheia de privações. A história possui um tom triste, mas em
contra partida é emocionante e maravilhosa..
Sobre a Autora
Nascida na fazenda Bela Vista, na
época município de Botucatu, era filha de Antônio Lopes de Oliveira Monteiro e
de Rosa de Barros Fleury Monteiro.
Maria José foi alfabetizada pela
mãe e seu irmão mais velho. Ainda em Botucatu, estudou música em aulas
particulares e pintura no Colégio dos Anjos. Sua formação literária, contudo,
deu-se antes mesmo da frequência na escola: seus pais, apesar de não serem
ricos, mantinham o hábito da leitura e ainda menina já tinha travado contato
com livros clássicos portugueses e mundiais, de autores como Eça de Queiroz,
Leão Tolstoi, Nietzsche, Rimbaud, Goethe e muitos outros.
Mudou-se para a cidade de São
Paulo, onde cursou a Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora.
Sua vida na literatura começa após casar com o engenheiro Leandro Dupré.
Seu primeiro romance – o Romance de Teresa Bernard – foi publicado
em 1941. Mas se tornou famosa foi Éramos
Seis, editado em 1943, traduzido para o espanhol, frânces e sueco e transformado
em filme pelo cinema argentino.
Entre os prêmios que conquistou,
destacam-se: Premio Raul Pompéia, da
Academia Brasileira de Letras e o Jabuti,
da Câmara Brasileira do Livro.
Faleceu em São Paulo, em maio de
1984.